Você já deve ter reparado que é muito comum para as marcas de carros darem nomes alfanuméricos para seus modelos: Citroen C3, Peugeot 208 etc. Mas será que essa é a melhor prática para que os modelos automotivos sejam top of mind dos consumidores? Muitas marcas de carros já constataram que nomes reais, Golf, Focus, Fiesta, por exemplo, são mais memoráveis do que nomes alfanuméricos e, inclusive, esse foi o tema de um estudo feito no Reino Unido.
O estudo publicado pela Vanarama analisou 253 modelos das 45 marcas de carros mais populares do mundo. O resultado mostrou que os modelos com nomes reais são duas vezes mais lembrados do que os alfanuméricos.
Durante a pesquisa, a Vanarama escolheu os carros mais populares do Reino Unido nos segmentos de carros pequenos, carros familiares e SUVs e perguntou aos motoristas:
“Qual desses carros você reconheceria se passassem por você?”.
Em média, os carros familiares mostraram que nomes reais são quase duas vezes mais memoráveis do que as nomenclaturas alfanuméricas, um diferença expressiva, de 25% para 43%. e 43% a 25%.
Esse estudo veio para provar o que muitas marcas já estão percebendo: o nome impacta sim no processo de compra. Imagine que uma marca perdeu 18% de suas vendas devido à incapacidade dos consumidores de lembrar da aparência de um carro por causa do nome do mesmo. De acordo com a Vanarama, um aumento de 18% nas vendas da Mercedes-Benz pode significar mais de 429.000 carros vendidos a cada ano.
Carros ganham nomes memoráveis
Com isso, as marcas de carros estão começando a repensar o nome dos seus modelos. A Cadillac, por exemplo, já tinha anunciado que mudará seu sistema de nomenclatura alfanumérica, como CT6, para adotar nomes reais, como Eldorado, em 2022. E agora, o CEO da Volvo, Håkan Samuelsson, disse à Autocar que os próximos modelos elétricos da marca não usarão nomes alfanuméricos.
“Estamos falando de uma arquitetura totalmente nova, uma nova geração de carros totalmente elétricos (…). É preciso assinalar que se trata de um novo começo e por isso não teremos números e letras, um típico ‘nome de engenheiros’. ”, disse Håkan Samuelsson. E, segundo ele, a Volvo vai dar aos novos modelos “um nome como você dá um nome a uma criança recém-nascida”.
Desde 1995, com raras exceções, a Volvo atribui letras para designar o tipo de carro. Por exemplo XC para modelos SUV, e o um número relativo ao seu tamanho. Mas agora a ideia de Håkan é conceber nomes mais emocionais, menos frios, ou “de engenheiros”.
Junto com Volvo e Cadillac, outras marcas de carros também estão mudando suas nomenclaturas e adotando nomes reais mais memoráveis para seus modelos. A Lincoln, marca de luxo da Ford, recentemente, descartou a última nomenclatura baseada no MK para compreender uma gama de modelos chamados de Corsair, Aviator, Nautilus e Navigator.
Em contrapartida, a Volkswagen está adotando a nomenclatura alfanumérica para os seus carros elétricos: ID3, ID4, com o objetivo de padronização internacional. Tendo em vista que nomes reais além de apresentar variações de pronúncia, podem ter diferentes significados em diferentes idiomas. É preciso estar atento.
Conclusão
Apesar de não haver uma unanimidade no padrão de nomenclatura dos modelos, pesquisas apontam para o fato de que o nome impacta no processo de compra do consumidor e, principalmente, ajuda a definir marcas top of mind. Além disso, constatamos também que nomes emocionais possuem uma maior capacidade memorização do que os nomes alfanuméricos.
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